
É de aplaudir a nova lei do tabaco...
Ainda que de uma forma um pouco lenta, o nosso Portugal está a dar grandes passos no que diz respeito ao tabaco...
Começaram (há já a algum tempo) por ser proibidos os anúncios ao tabaco, passou a ser mais restrita a sua venda (apenas a maiores de 16), fez-se realçar os seus malefícios através de mensagens gigantescas nos maços e agora torna-se proibido fumar em espaços públicos. Para não falar dos progressivos e desproporcionais aumentos do preço do tabaco.
Mas não se tratam apenas das medidas... a consciência social de cada fumador tem vindo a mudar para melhor.

Diz uma frase, feita não sei por quem, que "As pessoas começam a fumar para mostrar que são alguém e passados uns anos, tentam deixar de fumar com o mesmo objectivo...", o que não deixa de ser verdade. Uma grande maioria dos fumadores toca no primeiro cigarro na adolescência, naquela idade em que é muito importante a sua "afirmação" perante o grupo! Mais tarde, já agarrados ao vicio, apercebem-se que estão a "espetar pregos no seu próprio caixão", tentam abandonar o mal.
Como fumador, não activo mas passivo, acho que se trata de uma medida que poderá vir a mudar algumas (muitas) mentalidades. Nos nossos vizinhos espanhóis, esta medida já vigora à algum tempo, e no primeiro ano 1, 7 milhões de fumadores abandonaram o vicio. É um sinal de que pode funcionar.

Uma pessoa que fume um maço por dia, em cálculos médios, gasta anualmente cerca de 1100€. Em famílias em que ambos os pais fumam, os custos podem chegar a 2200€ anuais. Se pensarmos que o casal fuma 40, dos seus 70 a 80 anos de vida, podemos dizer que este casal "queimou" 88.000€ em tabaco ( mantendo o preço do tabaco sempre igual), para não falar nos enormes gastos médicos que implica. Uma brutalidade!
Em muitas familias, os filhos acabam por não terem muitas das suas necessidades satisfeitas (alguns, até bens de primeira necessidade), pela extrema obsessão dos seus pais fumarem. Para além de ficarem sem os seus desejos satisfeitos, as crianças e o restante agregado familiar tem ainda que "levar" com o fumo, transformando-se em fumadores passivos.
Felizmente ficam para traz os tempos em que em qualquer restaurante, qualquer que fosse a ementa, tinha sempre como "aperitivo" ou "digestivo" o fumo de um cigarro.

Quer-me parecer que os casinos também eram abrangidos pela lei... mas deixaram de o ser a partir do momento em que o sr. presidente da ASAE, foi apanhado in loco com a "boca na botija".
Agora, quem pretender abrir um negócio, opte por produtos antabagicos, que certamente irá longe!
Bem hajam
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