
Já os Babilónicos (habitantes da Babilónia), na antiga Suméria, perto da Mesopotênia, por volta de 1100 AC já escreviam nas paredes “…a próxima geração está perdida”. Estes “achados” já reflectiam as diferenças comportamentais entre as várias gerações…alguma rigidez na aceitação dos novos comportamentos. E com o passar dos tempos, é assim que continua, não com prenúncios tão maus, mas os avós e pais, acham sempre que as atitudes das novas gerações não são os correctas e não vão pelo melhor caminho (de encontro aos comportamentos por eles aprendidos).
Neste momento, não sei se sou eu que estou a passar para essa fase, mas acho que o mundo actual caminha para uma direcção que certamente não é a melhor.
O isolamento das crianças, em frente aos computadores, à Internet, à playstation, aos telemóveis, fazem com que eles se afastem e se
isolem cada vez mais.
À uns anos atrás, era comum, após o jantar em família se seguisse uma conversa acerca de como correu o dia, que se vai fazer no dia seguinte… Enfim, haver partilha das alegrias e problemas da família. Hoje em dia, não digo que isso se tenha perdido completamente, mas é cada vez maior o hábito de ir cada filho para o seu quarto para frente de um computador e os pais ver a novela na televisão. E o diálogo? Deixa de existir…
As tv´s, os chats, os messengers, os sms´s, os mails fúteis, etc levam a que as crianças convivam permanentemente com máquinas e assumam no dia-a-dia, comportamentos como se estivessem perante tal.
Quando vou a atravessar uma passadeira, não é minha obrigação, mas quando um carro pára para me dar passagem, é normal eu agradecer. No papel de condutor, verifico que cada vez mais as crianças e adolescentes se “atravessam” na estrada, sem qualquer cuidado, e um agradecimento (sinal de civismo), não existe… (é obrigação dele e ponto final!)
Pois como isso não é necessário, quando estão a jogar o Sega Rally, e também não acontece nos filmes, isso também será inútil no dia a dia… o condutor é uma máquina, um boneco do “Unreal” que tem obrigação de parar.
A recente agressão de uma aluna a uma professora numa escola por causa de um telemóvel, reflecte uma ponta do iceberg, que é o descontrolo que existe sobre a adolescência. O castigo deixou de ser permitido. Pode ser considerado crime.
Quem retira um telemóvel a um adolescente, provoca a mesma sensação que à uns anos, um adolescente sentia se fosse obrigado a afastar-se de um amigo.
É triste mas é verdade! Novelas (Morangos com Açucares, e afins), filmes, séries televisivas, etc, estão a moldar os cérebros da geração vindoura.
De que se falava se durante uma semana, em que “fosse cortado” o acesso do planeta a essas
novas tecnologias? Sem filmes, sem noticias banais, de que se falava nos cafés? Sem Internet e sem telemóvel, como é que um adolescente se dirigia ao seu colega de turma?
Lembro-me de ir brincar para rua… jogar aos tubos, ao berlinde, ao especta, aos carrinhos de rolamentos, à carica, ao bate-pé, etc… jogos que implicavam convivência em grupo… não havia tantas tecnologias de informação e comunicação, que se queríamos “brincar” tinha de haver convivio com os amigos.
Enfim, há que tentar travar, esta mudança acelerada dos comportamentos relacionais, sociais e familiares. Senão “…as gerações vindouras estão perdidas”.
Pensemos nisto… mas estou a criticar, quando já aqui estou ao computador à perto de 1 hora… vou ver um filme ou ver ou ouvir música no meu mp3! Opss…e o convívio? É melhor ir partilhar com alguém, como irá ser o meu dia de amanhã!
Bem hajam
2 comentários:
ouve lá, onde é que arranjaste esse rato??
safe lá uma beca...é que o meu cavalo já acabou!!
Ao autor deste texto dou os meus parabéns. Ao fazer umas pesquisa sobre "sátira social" dei comigo a ler estas palavras atentas e ricas em conteúdo. Faça-se ouvir! Fique bem.
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